Dandara teve quatro filhas:
Ketula, Aquatune, Zinga
e Candace, constituindo assim um legado de princesas,
uma
Muquém ficaram
conhecidas por sua beleza e bravura, além
de se destacarem na arte da
fabricação de esculturas em barro.
O grande momento dessa história
se dá quando as mulheres
desse Mocambo se reúnem para celebração do ritual da fertilidade
dedicado a Oxum, construíram um pequeno lago
no centro da tribo para suas
oferendas. Ao cavarem e despejarem água, eis que surge do fundo da terra, assim
como um ventre fecundado, um parto, uma moringa e potes revestidos de couro de
animal. A notícia logo se espalhou, um
milagre teria acontecido. Era um
presente de seus ancestrais.
Dona Candace, curandeiro e uma das moradoras mais
antigas de Muquém, respeitada por todos. Quando perguntada sobre o que fazer,
ordenou que todos se reunissem, acendesse a fogueira, tocassem os tambores
sagrados e cantassem para
Exu, Ogum, Iansã e Xangô.
Com a sabedoria de seus
cabelos brancos pediu que quebrassem os potes. Cientes que teriam ali ouro e
diamantes, o povo fica desapontado com as lanças, roupas e
colares empoeirados
pelo tempo, mas o que eles não poderiam imaginar é que teriam sido da rainha de
Palmares.
Então dona Candace eleva seu rosto para o céu cantando para
Oxalá,
pois um novo tempo estava por vir.
grifada com búzios o nome Rainha Dandara. Serena, retira o
texto de dentro da moringa. Nele consta o orikí (poema)
contando a origem da
rainha Dandara e os nomes que pretendia dar a seus futuros filhos:
Ketula,
Aquatune, Isis, Zinga e Candace.
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