nossas entranhas para se fazer cumprir a justiça, sementes foram
plantadas mesmo regadas a sangue darão
frutos. Que os orixás nos protejam sempre para novas batalhas. Hoje é
tempo de recolher para juntar forças,
sou Dandara de Luanda, filha do rei Kezúlo, sou rainha de Palmares,
Palmares, Palmares!
“... Vim de Luanda meu pai é rei Eu sou princesa negra minha Palavra é
lei. Vim de Luanda, meu pai é rei, eu sou princesa negra minha palavra é lei.
Bate tambor bate atabaque, repica agogô na imensidão... Hoje o decreto diz seja
livre e feliz minha palavra é lei...”
E assim todo desfecho desta história: Dona Candace pertencia a quarta
geração, ou seja, tataraneta de Candace, primeira filha da rainha Dandara.
Tamanha felicidade do povo de Muquém por terem encontrado sua
identidade no lugar que vivia. Dona Candace foi nomeada rainha de
Muquém. Agradecida por tamanha
coroação passa seu posto de rainha para sua neta mais nova Dandara, que
recebeu esse nome em homenagem
É nesse enredo lúdico, cheio de lendas, crenças e mistérios que a
montagem se inspira e concebe um
espetáculo cuja proposta é despertar no público o interesse em se
questionar: O que de fato seria ficção ou realidade?
Quem somos nós? De onde viemos? Quem são nossos antepassados? A que
lugar eu pertenço? Porque Muquém existe.
E seu povo ainda vive.
Texto de: Jadiel Ferreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário