O espetáculo de dança, “Remanescentes:
um reino chamado Muquém” tem como fonte de pesquisa a comunidade remanescente
de quilombo Muquém, situada na cidade de União dos Palmares em Alagoas. Eles trazem
em seus corpos, na oralidade e em seu cotidiano toda ancestralidade
afro-brasileira. Descendentes de reis, rainhas e guerreiros que lutaram,
resistiram e instituíram o maior símbolo de organização política desse país: o
Quilombo dos Palmares.
Nesse
contexto o espetáculo mistura realidade e ficção e realidade contando a história de
Dandara, uma rainha guerreira do Quilombo dos Palmares.
.
Com
a invasão e destruição do Quilombo dos Palmares e extermínio sangrento feito
com seus guerreiros, amigos e familiares...
Dandara
se refugia em Muquém, onde viveu por muito tempo
no anonimato com nome de Nzinga,
levando consigo sua
única riqueza e o desfecho de toda essa história:
o orikí[1]
de sua família, suas armas de guerra e vestimentas
foram enterradas por ela em potes de barro e em uma
moringa antropofágicas[2]
no centro do povoado como se fossem oferendas no local,
pois era costume no mês
de junho a construção de uma
enorme fogueira para as festas religiosas a Xangô,
orixá que
guiava e protegia esse povoado.
O
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